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Profissionais de saúde terão treinamento sobre Zika Vírus
Profissionais da Secretaria de Saúde de Realeza estarão participando de um treinamento em caráter de emergência no dia 02 de dezembro em Francisco Beltrão, onde serão discutidas estratégias de enfrentamento diante da situação causada pelo zika vírus.
O treinamento em caráter de emergência se dá diante da detecção de aumento de casos de microcefalia em recém-nascidos na região nordeste do Brasil, desde janeiro de 2015, acentuando-se a partir do mês de agosto.
A zika chegou em 2015 ao Brasil, atingindo primeiramente o Nordeste, e ficou conhecida como “virose misteriosa”.
É uma doença causada por um vírus transmitido por mosquitos Aedes, incluindo o Aedes aegypti e o Aedes albopictus, que também transmitem a dengue e a chikungunya.
O Ministério da Saúde já comprovou a relação entre infecção por zika na gravidez e microcefalia (o bebê nascer com a cabeça menor que o normal), porém os estudos ainda estão sendo feitos.
É importante destacar que nem toda grávida que teve zika terá um bebê com malformação no cérebro. Os mecanismos da contaminação do feto ainda estão sendo investigados.
A doença é recente, e o Brasil foi o primeiro país de grande população a ter um surto.
Acredita-se que a contaminação possa ocorrer ainda através de relações sexuais sem camisinha com uma pessoa infectada.
Como a zika aparece?
As manchas pelo corpo, que podem causar coceira intensa, são a principal característica da zika. Entre outros sintomas estão febre baixa, conjuntivite, dor de cabeça, dor muscular, inchaço e dor nas articulações e aparecimento de gânglios.
A doença pode levar até 12 dias para se manifestar após a picada.
A evolução da zika é na maioria dos casos benigna, ou seja, a doença costuma sarar sozinha, e os sintomas duram de 2 a 7 dias.
Como é o tratamento?
– Assim como na dengue, não devem ser usados medicamentos a base de ácido acetilsalicílico (aspirina).
– É importante beber bastante líquido e fazer repouso.
– Não é exigido tratamento no hospital, ao contrário do que acontece nos casos mais graves de dengue.
– Em alguns casos, o médico pode receitar anti-inflamatórios não esteroides e medidas para aliviar a coceira. Não tome nenhum remédio sem orientação médica.
Como saber se zika ou outra doença?
Só o médico pode dizer se você está com zika ou alguma outra doença, como dengue, chikungunya.
O diagnóstico pode ser confirmado por exames.
Existe também a possibilidade de ter zika e dengue ao mesmo tempo.
Quem é diagnosticada com zika pode amamentar?
Embora não haja certeza de que o vírus não é transmitido pelo leite materno, os especialistas afirmam até o momento que as mães que apresentarem sintomas de zika não precisam interromper a amamentação.
Como o vírus é transmitido por mosquitos, o melhor que você pode fazer para proteger o recém-nascido é tomar medidas em casa para evitar a presença do inseto.
Quem pega zika fica imune para o resto da vida?
Sim. Pelo que se sabe até agora, a zika promove a imunização de quem adoece. Ou seja, se você já pegou o zika vírus uma vez, não vai pegar de novo.
Mas ainda poderá pegar outras doenças causadas por vírus transmitidos pelo mosquito Aedes aegypti, como os quatro tipos de dengue e a febre chikungunya.
Como se proteger da zika?
A principal forma de prevenção é o combate aos focos de mosquito, em especial nos períodos de calor e de chuvas.
Segundo o professor Kleber Luz, a zika se propaga ainda mais rápido que a dengue, porque o mosquito espalha o vírus com mais facilidade. Ele aconselha cautela máxima por parte das grávidas.
Alguns cuidados para ter em mente:
– Não deixe água limpa se acumular em sua casa ou quintal. Isso inclui vasos de plantas, móveis e enfeites em áreas externas. Fique de olho em poças d`água que se formam após a chuva.
– Use roupas claras, e, de preferência, mangas e calças longas.
– Mesmo que você tenha parceiro fixo e toda a confiança na relação de vocês, use preservativos para evitar a contaminação por via sexual.
– Passe repelente contra insetos, inclusive na roupa, para aumentar a proteção. Reaplique a cada seis horas.
– De acordo com a obstetra Eleonora Fonseca, grávidas podem optar por repelente comum em creme ou spray, repelente especial para bebê e até repelente caseiro feito à base de álcool e cravo-da-índia.
– Outra alternativa são os inseticidas elétricos ou em spray, deixando a substância se dispersar por alguns minutos antes de ficar no mesmo ambiente.